Astronomia Pádua

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UFF de Portas Abertas: Astronomia

Gostaríamos de convidá-los para participar das atividades da programação “UFF de Portas Abertas: Astronomia”, neste sábado, dia 26/05/2016. Serão várias atividades de Astronomia, como oficinas, mini-cursos, exibição de vídeos, sorteio de livros e observação do Sol e do céu noturno.Dia: 25/06/2016 (sábado)
Horário: 15:00h até 21:00h
Local: Campus da UFF em Santo Antônio de Pádua/RJ

Veja a programação abaixo. Pedimos sua ajuda na divulgação. As atividades serão gratuitas e abertas a toda a comunidade. Traga sua família!!

divulgacao-UFF-de-Portas-Abertas

Observação do Eclipse Lunar Total de 27/09/2015

Atualização 28/09/2015: A atividade de observação do Eclipse Lunar Total foi um sucesso!!! Mais de 200 participantes compareceram e assistiram o eclipse no campus da UFF em Santo Antônio de Pádua, aproveitando a luneta, o binóculo e os telescópios disponibilizados pelo projeto, além de explicações sobre o fenômeno. E ainda concorreram no sorteio de 5 livros e ganharam CDs gratuitos com os programas de simulação do céu Stellarium e Celestia (de software livre).

 

Convidamos a todos para virem observar com a gente ao Eclipse Lunar Total no Campus da UFF em Santo Antônio de Pádua/RJ.

Data: 27/09/2015 – Domingo

Horário: a partir das 21:00 horas

Local: Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior – INFES
No campus da UFF em Santo Antônio de Pádua/RJ  convite

Os oceanos de Encélado e uma pitada de Plutão

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/observatorio/post/os-oceanos-de-encelado-e-uma-pitada-de-plutao.html

por Cássio Barbosa

Os oceanos de Encélado e uma pitada de Plutão

A notícia da semana vem de Saturno, mais precisamente da sua lua Encélado. Encélado é a sexta maior lua do planeta dos anéis e foi descoberta pelo astrônomo inglês William Herschel em 1789, o descobridor do planeta Urano, quando ele usou pela primeira vez seu telescópio de 1,2 metros de diâmetro, que na época era o maior do mundo.

Com apenas 500 km de diâmetro, Encélado só se tornou interessante com a passagem da duas sondas Voyager no começo dos anos 1980. Até então não passava de um pontinho de luz, difícil de se ver, dado que o brilho de Saturno e seus anéis atrapalha bastante. Mas assim que as sondas passaram por perto e mandaram imagens de sua superfície, ficou claro que essa minúscula lua era tão interessante quanto sua irmã gigante Titã.

A superfície de Encélado tem poucas crateras, indicando que ela é muito recente. Os impactos foram sendo apagados ao longo do tempo. Mais ainda, fraturas e rachaduras em sua superfície denunciam que há um processo de tectonismo ativo fazendo com que essas estruturas apareçam e que sua superfície esteja sempre sendo renovada. Mas o que causaria esse tipo de atividade, já que com apenas 500 km de tamanho, não há como Encélado ser geologicamente ativo?

A resposta é a mesma de Europa, uma das luas de Júpiter, água!

Podemos fazer uma comparação com o tectonismo da Terra da seguinte maneira. No nosso planeta, os continentes e as placas tectônicas se movimentam sobre um fluido, o magma. Em Europa, ao invés de placas geológicas, temos grandes massas de gelo que flutuam, não sobre lava, mas sobre água. Os movimentos dessas placas podem produzir as rachaduras, ou fraturas, vistas na superfície da lua. A mesma teoria poderia se aplicar para Encélado, já que essas estruturas existem do mesmo jeito em sua superfície.

A hipótese de um oceano começou a ganhar força quando a sonda Cassini flagrou plumas de vapor escapando do polo sul de Encélado. As imagens mostravam que aproximadamente 250 kg de água são jogados para o espaço a cada segundo a uma velocidade de quase 2.200 km/h! A Cassini também conseguiu “experimentar” as partículas ejetadas e descobriu que além de salgadas, elas continham material orgânico simples. Dois indicativos da existência de um oceano interior.

A grande questão era saber se o oceano se restringiria a um grande mar no polo sul apenas, de onde partem as plumas detectadas, ou se seria um oceano global, envolvendo toda a lua. A resposta, de acordo com um artigo publicado na revista Icarus nessa semana é que debaixo da crosta de gelo, cada centímetro quadrado de Encélado está banhado em um oceano salgado. A equipe liderada por Peter Thomas, da Universidade de Cornell (EUA) usou imagens da pequena lua e as medidas de seu movimento ao redor de Saturno. A aceleração e a desaceleração de Encélado, conforme ela percorre sua órbita, bem como as pequenas variações da medida da gravidade da pequena lua, detectadas pela sonda Cassini foram usadas para se obter essa conclusão. Simulações em computador usando diversas estruturas para o interior da lua mostraram que o melhor modelo que reproduzia os movimentos medidos pela sonda Cassini era o que continha um oceano de 20-40 km de espessura, abaixo de uma crosta de 10 km de gelo.

A descoberta atiça ainda mais a curiosidade dos astrobiólogos, já que o potencial para haver vida microbiana simples é muito grande, assim como Europa. Entre 2006 e 2015 nada menos que 11 missões de estudo de Encélado foram propostas, mas até agora nenhuma saiu do papel. Quem sabe agora alguma delas ganhe algum dinheiro para prosseguir. Enquanto isso, a Cassini deve ainda fazer mais 3 sobrevoos até o final do ano, sendo que na penúltima delas, dia 28 de outubro, a sonda deve passar a meros 49 km de sua superfície. Podemos esperar imagens fantásticas!

Mais Plutão!

Por falar em imagens fantásticas, olha só essa aqui, que foi liberada nessa quinta feira (17). O download das imagens de alta resolução obtidas pela New Horizons continua e cada imagem que chega, o queixo cai ainda mais.

Ela foi obtida 15 minutos após a máxima aproximação da sonda com Plutão, a uma distância de 18 mil km de sua superfície, na fase que ela olhou para trás para usar a luz do Sol distante para investigar a atmosfera do planeta anão. E olha só a estrutura dela sobre a superfície! Essa estratificação, que mostra neblina mais perto do solo, é um indicativo de que há alterações atmosféricas semelhantes às que acontecem na Terra, como a formação de nuvens mais baixas.

Além disso, as imagens mostram que o nitrogênio passa por um ciclo semelhante ao que vemos acontecer com a água no nosso planeta. No caso de Plutão, o nitrogênio vai à atmosfera, se condensa em flocos de neve e cai sobre a superfície. Ainda que não se torne líquido, ele deve formar um fluido espesso e escorre das regiões mais altas para as mais baixas, formando as planícies congeladas que vemos.

Mas a despeito de tudo isso, o que mais me impressiona nessa imagem é a paisagem, como as sombras se projetam das montanhas de gelo. No alto, perto do horizonte está a cadeia de montanhas Hillary com seus majestosos 3.500 m de altura, enquanto que em primeiro plano estão as montanhas Norgay. Semana que vem tem mais!

Créditos.

Encélado: NASA/ESA/CASSINI/Ciclops

Plutão: NASA/APL-JHU/SwRI

Sonda New Horizons, da Nasa, capta nova imagem aproximada de Plutão

Sonda New Horizons, da Nasa, capta nova imagem aproximada de Plutão

Equipamento deve atingir ponto mais próximo do planeta anão nesta terça.
VÍDEO explica como será a aproximação histórica.
Do G1, em São Paulo

Nova imagem feita pela sonda New Horizons mostra Plutão mais de perto. Equipamento da Nasa está chegando cada vez mais próximo do planeta anão (Foto: NASA/JHUAPL/SWRI)
saiba mais

Sonda New Horizons vai passar perto de Plutão esta semana; VEJA VÍDEO
A sonda New Horizons, da agência espacial americana (Nasa), capturou uma nova imagem de Plutão, o planeta anão, feita a 1,6 milhão de quilômetros de distância.

A foto foi divulgada neste domingo (12) e mostra um novo ponto de vista do planeta. De acordo com a agência, na foto é possível enxergar uma cratera, além de possíveis penhascos.

O equipamento continua sua viagem a 49,6 mil km/h rumo à órbita de Plutão. A grande expectativa é que a New Horizons chegue “bem perto” do corpo celeste nesta terça-feira (14), por volta das 8h49 (hora de Brasília). Ele ficará a 12.500 km de Plutão.

Sete instrumentos que estão a bordo da sonda vão captar essas imagens, que serão transmitidas para a Terra.

A New Horizons fará um voo automático de reconhecimento, coletando o máximo de imagens e dados ao passar pelo planeta de 2.300 km de diâmetro e suas cinco luas conhecidas: Caronte, Styx, Nix, Kerberos e Hydra.

O tempo de transmissão dos dados lá de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.

Os cientistas querem mapear a composição e a temperatura da superfície do planeta e de sua maior lua, Caronte.

A sonda foi lançada em 2006 carregando as cinzas do cientista Clyde Tombaugh, que descobriu Plutão em 1930, além de outros itens, como duas bandeiras americanas.

ENTENDA A MISSÃO EM 2 MINUTOS NO VÍDEO

Ação Extensionista da UFF leva professor do INFES (Pádua) ao Reino Unido

23 jun 2015
Escrito por proex

A CAPES tornou público em março/2015, o Edital nº 06/2015 – STEM (Programa de Cooperação Internacional STEM), com o objetivo de selecionar coordenadores de projetos e subprojetos em andamento do Programa Novos Talentos da Capes (financiamento de ações extensionistas 2013/2014) para participarem de atividades relacionadas à STEM – Science, Technology, Engineering, Mathematics (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) no Reino Unido.

As propostas contempladas são oriundas exclusivamente do Edital Programa Novos Talentos da Capes e possuem cunho extensionista, pois aproximam os cursos de graduação e pós-graduação das escolas públicas, contemplando o currículo da educação básica e articulando-o com perspectivas educacionais, científicas, culturais, sociais ou econômicas, contribuindo para enriquecer a formação dos professores e alunos da educação básica. Trata-se de exemplo inquestionável da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão.

Os coordenadores das propostas selecionadas participam no Reino Unido, no período de 13 a 28 de junho de 2015, de oficinas sobre as temáticas: “Introdução do ensino do STEM – Ética e Ensino do STEM”, “Desafios comuns para ensino do STEM no Brasil e no Reino Unido”, “O Sistema escocês para treinamento dos professores de STEM – O que é novo?”; Visita ao Institute of Education UCL, Royal Society, Science Museum (Londres), Imperial College London, National Science Learning Network e National STEM Centre (Universidade de York), além da Escola Técnica “Heathrow Aviation Engineering UTC” e da Escola de Ensino Médio “Kettlethorpe High School”; Oficinas no Science Museum e no National STEM Centre – York; Reunião no York Museum Trust; Atividades pedagógicas; Visitas a escolas.
Trata-se de uma parceria da CAPES e o Britishi Council, onde cada parceiro financia uma parte do projeto. O British Council, por meio do Newton Fund, patrocina a parte da viagem de imersão e toda a logística envolvida. A CAPES financiará, no Brasil, as propostas de cunho extensionistas que foram selecionadas, repassando o valor de R $ 24.000,00 para cada uma.

A UFF dá mais um passo na direção da internacionalização da extensão universitária

Tal Edital, além de dar continuidade ao apoio à extensão, veio trazer um importante suporte à política de internacionalização da extensão universitária, preconizada pelo FORPROEX (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Publicas Brasileiras) e abraçada pela UFF.

A proposta da UFF contemplada foi “O uso da Astronomia como elemento didático no ensino de Ciências e de Física”, coordenada pelo prof. Tibério Borges Vale, do Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior (INFES), localizada em Santo Antonio de Pádua./RJ.

Entrevista com o prof. Tibério Borges Vale:

1- Comente sobre a importância desse Edital ((Programa de Cooperação Internacional STEM)) para a produção de conhecimentos pela via da extensão universitária.

O Edital de Programa de Cooperação Internacional STEM entre CAPES e British Council, através do Newton Fund, se mostrou como uma oportunidade única de imersão de docentes brasileiros para conhecer como são desenvolvidos vários dos projetos relacionados ao tema de Educação Científica no Reino Unido. Nessa atividade de imersão nós visitamos várias universidades, faculdades, museus de ciência, escolas, tais como o Imperial College of London, Royal Society, Institute of Education, Science Museum de Londres, Yorkshire Museum e National STEM Center. Ainda conversamos com representantes do Departament of Education de Inglaterra e Escócia (equivalente ao Ministério de Educação, do Brasil). Todos esses órgãos estão relacionados ao ensino de Ciências no Reino Unido e participam como parceiros no processo educacional do país. Pudemos ter contato com sua atuação e entender um pouco mais sobre sua forma de atuação, tanto para inspirar novas ações a serem realizadas no Brasil quanto para estabelecermos parcerias, dando continuidade ao processo de internacionalização das universidades públicas brasileiras.

2- Como está sendo sua experiência no Reino Unido?

Esta é uma oportunidade fantástica, pois de outra forma não teríamos meios de visitar tantas instituições e conhecer tantos divulgadores, professores e pesquisadores no campo do Ensino de Ciências. Poder trocar experiências com eles e notar que temos muitas dificuldades similares é impressionante, uma vez que tendemos a achar que, por serem um país desenvolvido, não deveriam ainda ter esse tipo de problema. Naturalmente que o envolvimento institucional para melhorar o Ensino de Ciências é diferente, pois estamos lidando com uma estrutura de governo e um cultura diferentes das nossas. Mas também vemos muitas similaridades nos desafios a serem enfrentados. Além disso, é uma oportunidade única de conhecer museus e centros de Ciências de uma forma diferente, pois fomos recepcionados pelos seus curadores e pela equipe que trabalha neste locais, podendo tirar dúvidas sobre diversos assuntos e trocar experiências.

3- Qual a sua opinião sobre editais dessa natureza?

O edital Novos Talentos da CAPES é uma iniciativa realmente ímpar, que nos dá a possibilidade de trabalhar de forma desburocratizada com o financiamento dos projetos de extensão, bem como nos permite aquisição de materiais de consumo, serviço de terceiros, diárias e passagens, que são essenciais para projetos de extensão. Além disso, foi a partir desse edital que pudemos submeter projetos ao edital de colaboração internacional de STEM entre CAPES e Conselho Britânico, que além da viagem, também garante fundos adicionais aos projetos selecionados. Aos poucos surge a discussão sobre parcerias entre os projetos Novos Talentos já existentes e abre portas para a internacionalização da extensão universitária do Brasil. Portanto, vejo esses editais como excelentes oportunidades de crescimento das universidades e como ótima contribuição para a contínua melhoria da qualidade das escolas públicas brasileiras.

4- O que tem representado na sua formação acadêmica a articulação com a extensão?

A extensão universitária é uma paixão pessoal para todos que nela participam. É ótimo trabalhar devolvendo um pouco de nosso conhecimento para a sociedade através de ações extensionistas como as que desenvolvemos. No meu caso, o projeto que eu coordeno participa junto à escolas na região de Santo Antônio de Pádua, com professores e alunos da Educação Básica, trazendo um pouco mais do conhecimento de Astronomia e seus elementos interdisciplinares, para serem aplicados como motivadores aos alunos para que se interessem mais por Ciências (no Ensino Fundamental) e por Física, Biologia, Química e Matemática (no Ensino Médio). Por exemplo, explicamos como os processos e ritmos astrofísicos afetaram e permitiram o surgimento de vida na Terra. Explicamos também sobre a necessidade de se estudar propriedades de outros planetas, pois isto nos ajuda a entender o nosso próprio planeta e como protegê-lo. Por último, outro exemplo é a oficina de construção de telescópios artesanais que realizamos aos sábados, com professores de Educação Básica (nas quais estamos finalizando 10 telescópios que serão doados às escolas onde eles atuam). Esta é uma das atividades mais desafiadoras do projeto, mas ao mesmo tempo é uma das mais gratificantes, porque podemos explorar desde a óptica (ao falar sobre reflexão nos espelhos do telescópio), ou podemos falar sobre equilíbrio de forças (ao falar para os alunos como balancear a distribuição do peso dos objetos dentro do tubo do telescópio), ou ainda podemos falar de Química (ao explicar sobre o processo de espelhamento com sais de prata, feito na superfície dos espelhos do telescópio). Ao final esperamos que os alunos das escolas, quando virem os telescópios artesanais (feitos com material de baixo custo) percebam que é possível eles mesmo construírem seus próprios telescópios e montarem grupos de astronomia amadora nas escolas, para discutir sobre Astronomia e cultivar o gosto pelas Ciências na sua vida. Desta forma, poderão ter uma compreensão mais científica e crítica sobre o mundo que os cerca. Portanto, na minha formação acadêmica, a extensão universitária é a oportunidade de sair um pouco da pesquisa básica e devolver a empolgação pela Ciência para a sociedade, contribuindo para a sua melhoria.

Próximas atividades de junho/2015

02/06 – Exibição do Episódio 08 da série Cosmos – Uma odisséia no espaço-tempo, com apresentação de Neil deGrasse Tyson

03/06 – Palestra do Msc. Rodrigo Link, com o título:
“Geofísica, ou o que faz um físico no mundo do petróleo”
Resumo: O Brasil tem uma empresa de destaque internacional na produção de óleo e gás, mas poucos sabem realmente como é o processo de extração do petróleo e como ele chega ao consumidor final. Menos gente ainda sabe o que um físico pode fazer fora da Academia. Quais são as oportunidades de trabalho e o que um físico pode oferecer nesta área?

Atividades em maio/2015

05/05 – Exibição do episódio 06 da série “Cosmos- A space-time odyssey”

12/05 – Palestra do Prof. Gustavo Benitez (UFF/Volta Redonda) com título “O que sabemos sobre o INFINITO até hoje?

19/05 – Exibição do episódio 07 da série “Cosmos- A space-time odyssey”

26/05 – Palestra do Prof. Bruno Gonçalves (IF Sudeste MG/Juiz de Fora) sobre Inovação tecnológica para o ensino de Física

26 e 27/05 – Mini-curso sobre automação com Arduíno e RaspberryPi

Próximas atividades

 

– Palestra: dia 27/04 – 18h – auditório da UFF
Título: Luz Cósmica: Explorar o Universo
Prof. Dr. Pedro Russo, Universidade de Leiden, Holanda
Resumo: A Luz é a matéria prima dos astrônomos, sem Luz a astronomia não teria informações para estudar o Universo. Nesta palestra vamos explorar a importância da luz para a compreensão e conhecimento do Universo bem como o seu papel na educação. Esta palestra está englobada nas celebrações do Ano Internacional da Luz 2015.
Palestra aberta a toda a comunidade (palestra em português).

– CineAstro – terças-feiras às 18h na UFF, exibição de filmes, vídeos e documentários ligados ao tema da Astronomia e áreas afins.
dia 28/04 : Video “Cosmos: Uma odisséia no espaço-tempo” – Episódio 5
dia 05/05 : Video “Cosmos: Uma odisséia no espaço-tempo” – Episódio 6
dia 19/05 : Video “Cosmos: Uma odisséia no espaço-tempo” – Episódio 7

>>> HAVERÁ SORTEIO DE LIVROS NAS ATIVIDADES <<<

Estrelas são mais jovens do que se pensava

Estrelas são mais jovens do que se pensava

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
27/03/2015 02h00

As primeiras estrelas do Universo nasceram mais tarde do que antes se imaginava.

Os cientistas concluem agora que os primeiros astros brilhantes –responsáveis por acabar com a “idade das trevas” cósmicas– surgiram cerca de 550 milhões de anos após o Big Bang. É quase 100 milhões de anos mais tarde do que antes se imaginava.

A nova medição, feita com o satélite europeu Planck de 2009 a 2013, é bem mais refinada que a obtida com seu predecessor americano, o WMAP.

Tal descoberta foi possível por causa da radiação cósmica de fundo, a relíquia mais antiga deixada pelo Big Bang.

Sabemos, com base nela, que o cosmos teve sua origem cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, a partir de um estado muito quente e denso.

No princípio, a compactação do Universo era tão grande que as partículas de luz não conseguiam fluir.

Conforme a expansão cósmica seguiu adiante, a diluição finalmente permitiu que a luz circulasse livremente. Isso aconteceu cerca de 380 mil anos depois do Big Bang, e é essa luz que o Planck detecta e mede. Por meio das informações contidas nela, é possível conhecer o passado.

INÍCIO TARDIO

O fato de as primeiras estrelas terem surgido mais tarde que o esperado resolve algumas contradições no estudo dos primórdios do Universo.

“Embora esses 100 milhões de anos possam parecer desprezáveis comparados à idade de quase 14 bilhões de anos do Universo, eles fazem uma diferença significativa”, afirma Marco Bersanelli, da Universidade de Estudos de Milão, na Itália, que trabalha com o satélite Planck.

Se tivesse acontecido 100 milhões de anos antes, haveria contradição com observações do Telescópio Espacial Hubble. O satélite tinha apontado que as mais antigas galáxias conhecidas não tinham a configuração imaginada pelos cientistas para o período. Ao empurrar o surgimento das estrelas para um pouco mais tarde, o Planck volta a encaixar tudo nos seu lugar.

Outra coisa interessante dos novos dados é que eles indicam não só que as estrelas começaram a nascer um pouco mais tarde, mas que o processo foi mais explosivo e acelerado do que o imaginado.

“Isso é interessante porque está relacionado não somente com a taxa com que as primeiras estrelas se formam, mas também com a evolução química do Universo”, disse à Folha Diego Falceta-Gonçalves, astrônomo da USP e da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido.

“Se muitas estrelas se formam logo de cara, elementos químicos mais pesados contaminam o Universo bem cedo.” Isso casa bem, por exemplo, com a descoberta recente de planetas muito antigos, com mais de 11 bilhões de anos.

Apesar dos resultados entusiasmantes, a análise dos dados do Planck acabou não confirmando a grande expectativa que havia: a de que tivessem sido detectados sinais do período mais antigo do Universo, a chamada “inflação cósmica”, resquícios da primeira fração de segundo de existência do cosmos.

Um outro experimento, o BICEP2, no polo Sul, chegou em 2014 a anunciar ter achado tais sinais, mas depois os cientistas descobriram que se tratava de um falso positivo.

Ao que parece, esses sinais na radiação cósmica de fundo, se existem, são mais sutis do que a precisão obtida até agora nos estudos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/03/1608799-estrelas-sao-mais-jovens-do-que-se-pensava.shtml

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